quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


Madrepétalas


A minha amada
Terá olhares claros castos-de-água
Mansos e cintilantes
Como lago à luz de céu-diamante
E porque no coração só compaixão
Na fronte não trará marcas de mágoas

Tecerá com suas mãos gestos sutis
E com a sua boca
Formacor de madrepétalas
Dirá palavras retas e gentis

Seus cabelos serão flocos em cascata
Moldura para face de leves traços
E tocarão seus ombros
Em suaves ondas de pura graça

Será o seu corpo alvo e esguio
Como a brisa da manhã nascente
Leves volteios, cadentes meneios
Lânguida dança deslizada sem pegadas
Sobre verde chão sempre macio

Porta entreaberta
Corpos e sonhos despertos
No mundo, sinal sequer de desertos

Assim não é mas assim será

Ou não terá ainda sido chamada à vinda
A vida desta desde sempre minha amada

Autor Desconhecido

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